Andei pensando bastante esses dias na minha responsabilidade na minha própria solidão, na minha falta, e como é muito fácil projetar no outro o que eu preciso, é mais fácil imaginar e criar cenários onde todos me odeiam, eu fiz algo de errado, e fantasiar que é por isso que ando sozinho.
Sem lembrar que, quem sumiu, talvez, fui eu. Me pergunto quantas mensagens eu tenho enviado, quanta presença eu tenho feito fora dos rolês, é tão fácil colocar no outro a responsabilidade de suprir aquilo que eu sinto falta. Se eu sinto saudades, por que esperar um convite? Por que não perguntar quando a gente pode se ver?
"Eu sinto sua falta, quer sair comigo" não soa ao ego tão bom quanto "eu sinto sua falta, por favor lembra de mim, me convida, me chama, não me esquece", mas soa ao outro menos cobrança, tira a responsabilidade do outro daquilo que é meu, da minha falta, das minhas inseguranças, dos meus medos e da minha própria solidão.
Eu gostaria que sentissem minha falta, mas quem faz falta não sou eu, enquanto vou sentindo saudades e me isolando. Lidar com as minhas necessidades e entender as do outro não é fácil, principalmente quando não consigo entender aquilo que não me é dito, pior ainda quando não consigo parar de fantasiar que não faço mais parte.
E assim vou devagarinho tentando me reintegrar no amor de quem eu amo, esperando que ainda hajam portas, pq me sinto olhando pela janela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário